Sábado
A luminosidade deste sábado
Parece quem vem do norte
Anda forte e reflete
No espelho... de ar
Que a rua está quieta eu sei
Eu sei, as pessoas andam se escondendo, eu sinto
Que sou sincera, eu minto
Não quero ir pra lá
Quero e o dia não é diferente
Se pensar tudo é repetição
E isso não me faz contente
Torço para não me verem
Me esquecerem, para não me atarem!
Estou presa e quero me libertar!
Domingo
O anúncio de hoje é alto, é claro!
O bebê batendo suas perninhas também o é!
Nos rostos, a boca enrrugada decreta,
Dias sem festa se anunciam.
Os confetes que ainda enfeitam a rua
O vento varre sem piedade.
E eu fico aqui, só na vontade
De que tudo amanheça diferente
Que a ordem natural se desordene,
Que Deus retifique a criação,
Que nada do que sabemos aconteça.
Que a alegria de nossos corações não saia
A celebração é a via da libertação
Vou dormir a sorrir!
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