segunda-feira, 21 de junho de 2010

Presença

Sinto sua falta...
Não, não é carência. Tão pouco cobrança ciumenta e mimada de quem está acostumada a ser atendida nos mais ínfimos desejos.
Mas sua presença me faz tanto bem...
Olhar você ilumina o meu ser de tal forma que um dia sem ela produz um eclipse.
Sei que temos milhões de formas de nos comunicarmos. Fixo, celular... Mas ouvir a sua voz, acompanhada de suas expressões, dá um caráter todo especial aos nossos dialógos.
Nem me fale de SMS e MSN! Acabei de dizer que ouvir sua voz é, das minhas predileções, a mais querida.
Não sei se sentes assim saudades minhas...
Aprendi a lhe dar com o que sinto e a sentir mesmo sem saber se é recíproco. O mais importante é que sinto e digo.
Sua falta é sentida todas as horas do dia. Ele não para, mas fica incompleto. Fica incompleto sem você por perto.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Democracia e patriotismo de contato


Democracia- Caldas Aulete: governo em que o povo exerce soberania.

Aurélio: Doutrina ou regime político baseado nos principos de soberania popular e

da distribuição equitativa do poder.

Quem foi que disse que, na democracia a maioria vence?

Em nenhuma definição que li para escrever esse texto li isso.

Ontem conversando com amigos em um bar da qui da cidade, me contaram que, durante o jogo da seleção durante a Copa, tentaram ir ao cinema e não conseguiram. Todos eles só teriam sessão a partir das 19hs. Isso quer dizer, depois do jogo.

Engraçado..., quer dizer que todos nós somos obrigados a gostar de futebol- que, aliais, eu adoro, que fique bem claro- e a assistir os jogos durante a Copa?

Sei que os funcionários das empresas têm também direito á assistir aos jogos, mas quem não gosta tem o direito de fazer outra coisa também.

Isso me fez lembrar a teoria de uma professora minha da faculdade, que diz que os brasileiros sofrem de uma coisa que se chama "patriotismo de contato". Segundo ela, essa síndrome se manisfesta somente em momentos de Copa e, levemente em Olimpíadas, fazendo com que, nós brasileiros, que nunca nos lembramos de o sermos nos momentos necessários- por exemplo, hora de escolher candidato nas eleições, ou zelar pelo patrimônio público- nos tornemos os seres mais nacionalistas da face da Terra. Ótimo se, como ela ressalta, isso não passasse no dia seguinte ao término dos jogos ou imediatamente após a eliminação da seleção da competição. Lembram daquela chuva de bandeiras num dos jogos das eliminatórias da Copa de 2002, quando a seleção perdeu um dos jogos, não?!

Então..., o Brasil é jogado fora assim todos os dias, pelo ralo de nosso desperdício, pela nossa mania de dar um "jeitinho" em tudo, com isso levando vantagem, e por outras tantas coisas que são do nosso mau hábito e que já nem percebemos mais.

"Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil" (Mario de Andrade em Macunaíma).

segunda-feira, 14 de junho de 2010

14/06/2010

Já não choro mais pelo improvável, pelo impossível...
Meus desejos são indomáveis, mas nem sempre se consegui exatamente o que se quer.
Parar de desejar?
Não posso!
Posso apenas desejar que o que for para o meu bem aconteça.
Meus olhos agora sorriem tristes a observar o improvável de perto, sem anseios, sem ressentimentos.
E sigo desejando- pois isso é do humano- que meus desejos ressoem por ai.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Insólitas - edição dia dos namorados

Quando um chinês olhar muito para você...
Isso aconteceu com minha mãe.
Ela estava em uma shopping aqui de Salvador, em uma de suas lojas de departamento, olhando distraidamente algumas panelas. Ela adora fazer isso. É seu esporte predileto.
Segundo ela, sentiu que alguém a olhava insistentemente, relutou em conferir e, quando o fez, viu que a sensação era provocada por um chinês que a fotografava do outra lado das estantes onde estavam as panelas. Segundo ela, o rapaz ficou muito feliz ao ver que ela havia notado sua presença e pôs-se em marcha em sua direção.
Minha mãe, que é desconfiada, ficou mais ainda ao perceber que ai vinha uma paquera. Teve até o impulso de correr, mas o rapaz chegou mais rápido que seus pensamentos e quando ela se deu conta ele estava ao seu lado.
Sem ter como fugir, ela se deixou ficar ali, a espera do que ia acontecer.
Então, ele com um galante sorriso nos lábios, segundo minha mãe, disse:
- Vai comprar panelas?
- Se vai comprar panelas tem que comprar comida! (Imaginem isso dito com o sotaque peculiar aos chineses que falam português).
Minha mãe, surpresa com a cantada, começou a rir e, não tendo outra alternativa, saiu da loja.

Quando Giannecchini olhar muito para você...
Uma amiga da minha vizinha entrou um dia no supermercado com outra amiga e notou que as pessoas estavam olhando muito para um homem que estava parado um pouco depois da entrada do supermercado. E, que este homem estava olhando e sorrindo para ela. E que ele era Reinaldo Giannecchini!
Obviamente ela ficou entusiasmadissima e queria ir lá para falar com ele. E as pessoas que passavam continuavam olhando admiradas para ele, que estava ali, parado na porta, com um sorriso nos lábios, paquerando a amiga da minha vizinha.
Ela futucou a amiga que estava com ela e disse, decidida: "Eu vou lá!"
A amiga acanhada: "Não vá, não!"
Ela, mais decidida ainda: "Eu vou sim!"
E foi.
Chegando mais perto, ela notou que havia algo estranho. Ele estava parado demais.
Foi ai, que a amiga que vinha logo atrás falou:
"E, menina...! É um boneco!"

E é assim que se paquera nessa cidade!

Uma sombrinha...

Eu tenho alguns bons amigos na faculdade onde estudo, com os quais não consigo mais me encontrar. Estágio, trabalho- porque nós precisamos ganhar dinheiro; as aulas da faculdade, tudo isso concorre para que não nos encontremos muito. Hoje, por uma dessas coincidências da vida duas deles e eu nos encontramos no ponto de ônibus, debaixo de uma sombrinha, sob um toró daqueles.
Conversamos como faziámos no inicio dos nossos cursos, alegre e ruidosamente sobre tudo que agora nos afligi e diverte. De casamento- uma delas já subiu ao altar, ao nossos históricos acadêmicos enlouquecidos, que não ficam certos por mais que tentemos, conversamos sobre muita coisa.
Lembramos das conversas no pátio, quando tinhámos preguiça de estudar, da viagem para o aniversário de Pri na ilha...
A alegria era tanta que as pessoas a nossa volta no ponto do ônibus olhavam para nós três sem parar. Segundo Pri, um rapaz chegoua se abaixar para ver o que de tão engraçado e interessante estava acontecendo debaixo daquela sombrinha.
A uma dada altura deste alegre encontro Iracema disse: "Eu jamais imaginaria encontrar vocês duas aqui, neste ponto de ônibus, debaixo de chuva e me divertir tanto debaixo dessa sombrinha."
Já dentro do ônibus me sentia tão feliz que dei razão a Iracema. Um momento que para nós parece besta, casual, corriqueiro foi capaz de fazer transbordar de alegria nossos corações.
Não precisamos pagar entrada, consumação mínima, nem marcarmos em um lugar especial para nos divertimos. Ali mesmo, naquele ponto de ônibus fizemos nossa fest.
Adriana...
Acho que comecei a entender!